Quando falamos em sustentabilidade a primeira coisa que vem em mente para muitos é a ambiental, mas para uma boa convivência social é necessário que toda a estrutura seja sustentável, essa estrutura parte do ambientalismo, pois precisamos de recursos naturais, passa pelo social, pois uma sociedade bem estruturada psicológica e culturalmente é o ideal e por fim, o econômico, que seria uma mera consequência de uma boa estruturação.
Quando falo em estruturação me remeto a uma abordagem da linguística que citei semana passada em um texto sobre Noam Chomsky, ou seja, a análise de todos os componentes, seja de estruturas básicas ou de sistemas. Podemos facilmente transmitir esse tipo de raciocínio para a sociedade, pois esta também possui suas estruturas e sistemas. Vou explanar melhor acerca de cada ponto. Sustentabilidade social se refere basicamente a proporcionar o exercício pleno da cidadania por parte da população, principalmente pessoas de baixa renda e através de programas gratuitos, sejam eles educacionais, de qualificação profissional, de inclusão social, enfim, uma gama ampla de projetos que podem ser criados e mantidos através do Estado ou da iniciativa privada. Já a sustentabilidade econômica, como o próprio nome sugere, visa criar boas práticas econômicas para crescimento que não afetem de forma negativa o ambiental e o social e necessariamente passam por empresas privadas e pelo Estado. Pode-se destacar na iniciativa privada a reciclagem, utilização de energia limpa e outros, pelo Estado, a isenção para empresas que possuem políticas ambientais como marco, boas politicas de infraestruturação ambientalmente correta para as cidades, entre outras. A sustentabilidade ambiental, nada mais é do que a forma como o ser humano se utiliza dos recursos naturais, seja por parte das empresas ou dos cidadãos. Nada mais é do que uma forma responsável de utilizar os recursos naturais mas também cuidando para que eles existam para futuras gerações. Pois bem, um dos maiores problemas atuais para alcançarmos esse “equilíbrio social” é o consumo excessivo por parte da população que favorece a poucos. Mas se todos os pontos dessa estrutura forem bem trabalhados e sempre definidos, automaticamente não haveria esse consumo excessivo, pois partiríamos de uma educação de qualidade no social, passando pelo econômico, pois com uma boa estrutura educacional, ninguém em sã consciência gastaria dinheiro com algo pouco útil e dessa forma a natureza agradece, pois são menos recursos naturais utilizados. Portanto, o novo modelo deste século ainda deve ser algo que entenda esse sócio/ambiental/econômico e tenha isso como marco. A sociedade precisa crescer como a estrutura de um todo, ninguém inicia a construção de um prédio pela cobertura, mas infelizmente, é o que se faz na sociedade atual. Primeiro temos que pensar na base, o alicerce, daí sobe-se um andar de cada vez. Enquanto a sociedade não for pensada dessa forma, toda vez que tentarem erguer esse prédio, essa estrutura ruirá pois não se sustenta.
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