[PT-BR/EN] Congo Sky - Diaspora Territory 🎞🇧🇷 International Film Project

@thgsouzaa · 2024-06-28 13:37 · filmmaker

Good morning People, artists, admirers and users of the Hive ecosystem 🕸

Português Olá a todos, espero que estejam bem. Atualmente, estou no processo de produção de um curta-metragem documental intitulado Céu do Congo - Território em Diáspora. Gostaria de compartilhar um pouco sobre o desenvolvimento deste filme, que tem previsão de lançamento para o primeiro semestre de 2024 em festivais de cinema ao redor do mundo."

Céu do Congo, Item Filmes, Foto- @analuzes_-59.jpg

Mestre Tagibe de Roda D'água foto por @analuzes

O projeto audiovisual do documentário “Céu do Congo: território em diáspora” pretende, essencialmente, capturar a riqueza de subjetividades que constituem o território Céu do Congo, engendrando um espaço-tempo imagético/sonoro muito mais interessado em provocar a experiência sensível do que se empenhar na busca de um registro convencional da realidade. Para isto, o diretor Thiago Souza opta por uma construção não-linear deste espaçotempo, onde as premissas trazidas pelo pesquisador André Luiz Moreira - e as elucubrações em torno dos conceitos de território e diáspora a partir de uma cosmovisão africanista - serão traduzidas em obra-imagem.

Céu do Congo, Item Filmes, Foto- @analuzes_-117.jpg

Equipe do fotografia foto por @analuzes

Esta metodologia não demove o caráter etnográfico do documentário, que apresentará uma zdimensão fundamentada no cinema de observação, na medida que se deixa influenciar por obras emblemáticas da filmografia etnográfica capixaba, como “Mestre Pedro de Aurora – Pra ficar menos custoso” (1978) e Canto para a liberdade - a festa do Ticumbi (1978), ambas de Orlando Bomfim Netto; e O Mastro do Bino Santo (1971), de Ramon Alvarado. Esta proposição de encenação-direta será utilizada preferencialmente no registro das celebrações ritualísticas e encontros de bandas de congo, se posicionando dentro da narrativa como imagens de apoio, como recursos de transição ou como composição estética. Porém, no intuito de edificar um mundo-imagem que dê conta de traduzir os elementos essenciais de uma tradição não-ocidental e não-cartesiana, que se posiciona no limiar entre o ser e o não-ser - entre o visível e o não-visível - Thiago Souza opta por modular estratégias narrativas que escapam do conceito clássico de cinema observacional, produzindo espaços cênicos que deverão se aproximar do status representacional presente na interpretação artística.

Céu do Congo, Item Filmes, Foto- @analuzes_-16.jpg Thiago Souza e Eustarley Barone foto por @analuzes

Este dispositivo fílmico deverá ser utilizado não como uma modalidade explícita de reencenação autobiográfica, mas como performance lúdica que dimensione com organicidade as representações culturais que coexistem ancestralmente no território Céu do Congo. Para este formato, serão utilizados como referência regimes de imagens derivados da linguagem de documentário musical, como “A Sede do Peixe” (1997) e Temporei (1996), de Lula Buarque de Hollanda; e de performances de vídeo-arte afrocentradas, como “Transmutação da Carne” (2015), de Ayrson Heráclito.

Céu do Congo, Item Filmes, Foto- @analuzes_-110.jpg Yury Aires, Gabriel Moreira e Thiago Souza foto por @analuzes

Em relação à fotografia, o diretor Yury Aires se associa ao projeto, trazendo uma concepção estética amadurecida pela influência dos grandes fotógrafos do cinema brasileiro, como Walter Carvalho, César Charlone e Alziro Barbosa. Pela natureza do material fílmico, fica evidente a predileção pela luz natural, que no terreiro do Céu do Congo incide de forma singular, isto porque a disposição do arvoredo remanescente da mata originária produz infinitas possibilidades de composição entre luz e sombra ao longo do dia. Este cenário será explorado de forma a implicar diferentes texturas, conferindo dramaticidade poética à narrativa do filme. Nas cenas noturnas os recursos de iluminação artificial serão utilizados para manter esta mesma dinâmica, em que os contrastes de luz e sombra dialogam com os contornos formados pelo ambiente natural.

Céu do Congo, Item Filmes, Foto- @analuzes_-159.jpg André Moreira, Gabriel Moreira e Thiago Souza

English Hello everyone, I hope you are well. I am currently in the process of producing a short documentary called Congo Sky - Territory in diaspora, I would like to share a little of the process of the film that is scheduled for release in the first half of 2024 at film festivals around the world.

Céu do Congo, Item Filmes, Foto- @analuzes_-59.jpg Mestre Tagibe de Roda D'água foto por @analuzes

The audiovisual project of the documentary "Congo Sky: territory in diaspora" intends, essentially, to capture the richness of subjectivities that constitute the Sky territory of the Congo, engendering a space-time imagery/sound much more interested in provoking the sensible experience than to engage in the search for a conventional record of reality. Towards In this way, director Thiago Souza opts for a non-linear construction of this space-time, where the premises brought by the researcher André Luiz Moreira - and the elucubrations around the concepts of territory and diaspora from a Africanist worldview - will be translated into image-work.

Céu do Congo, Item Filmes, Foto- @analuzes_-117.jpg

Equipe do fotografia foto por @analuzes

This methodology does not detract from the ethnographic character of the documentary, which will present a dimension based on observational cinema, to the extent that it is allowed to influenced by emblematic works of Espirito Santo's ethnographic filmography, such as"Mestre Pedro de Aurora – Pra ficar menos custoso" (1978) and Canto para a liberdade - a festa do Ticumbi (1978), both by Orlando Bomfim Netto; and Mastro do Bino Santo (1971), by Ramon Alvarado. This proposition of Direct staging will preferably be used in the recording of the celebrations rituals and meetings of Congo bands, positioning themselves within the narrative as supporting images, as transitional features, or as aesthetic composition. However, in order to build an image-world that gives translating the essential elements of a non-Western tradition and non-Cartesian, which stands on the threshold between being and non-being - between the visible and non-visible - Thiago Souza chooses to modulate narrative strategies that escape the classic concept

Céu do Congo, Item Filmes, Foto- @analuzes_-16.jpg Thiago Souza e Eustarley Barone foto por @analuzes

This filmic device should be used not as an explicit modality of autobiographical re-enactment, but as a playful performance that organically dimensions the representations that coexist ancestrally in the Céu do Congo territory. To this one format, image regimes derived from the music documentary language, such as "A Sede do Peixe" (1997) and Temporei (1996), by Lula Buarque de Hollanda; and Afrocentric video-art performances, such as "Transmutation of the Flesh" (2015), by Ayrson Heráclito.

Céu do Congo, Item Filmes, Foto- @analuzes_-110.jpg Yury Aires, Gabriel Moreira e Thiago Souza foto por @analuzes

Regarding photography, director Yury Aires is associated with the project, bringing an aesthetic conception matured by the influence of the great Brazilian film photographers, such as Walter Carvalho, César Charlone and Alziro Barbosa. From the nature of the filmic material, the predilection for light is evident in the terreiro do Céu do Congo it has a singular impact, because The arrangement of the remaining grove of the original forest produces infinite Possibilities of composition between light and shadow throughout the day. This scenario will be explored in order to imply different textures, poetic drama to the film's narrative. In the night scenes, the features of artificial lighting will be used to maintain this same dynamic, in which The contrasts of light and shadow dialogue with the contours formed by the natural environment.

Céu do Congo, Item Filmes, Foto- @analuzes_-159.jpg André Moreira, Gabriel Moreira e Thiago Souza

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