This publication was also writen in SPANISH and PORTUGUESE.
Earlier today, I was watching a report on a local newspaper about financial literacy and how people still view their money as intrinsically unbalanced in relation to the money they have available to spend, which is ultimately tied to the debts they've incurred (and which they're now unable to pay off). The context of what I watched was quite interesting (mainly because it showed that getting into debt isn't as negative as many people generally imagine), and it inspired me to write this entire text.
Generally speaking, at least here in Brazil, getting into debt isn't exactly a definitive problem for people on the margins of the country's financially indebted social strata. The main problem is accruing these debts and not being able to pay them, for various reasons (such as having an outdated minimum wage or even a lack of a fixed income... in this case, people who are self-employed and earn money in fluctuating ways over time). Financial education is still not a recognized important topic in Brazil, but this needs to change quickly.
There is a conflict of generations (and their respective interests) that ends up bringing more complex factors to this topic, because depending on the level of personal maturity of each individual (whether a younger or older person, because age really isn't a very relevant factor here... because it's more of a social or behavioral context than a numerical context), getting into debt ends up being a reality for futile reasons (such as expenses that are easily avoidable once priorities are defined), which is obviously something that goes beyond "normal standards".

[VICE](https://www.vice.com/en/article/getting-out-of-nine-thousand-debt-uk/)
I know it may seem counterintuitive to say this, but these financial debts help the country's economy move forward, and when this is associated with a people's "culture" (as is the case with Brazilians), the idea is to have more money circulating in the market for longer (since it's very common to make purchases with full installments), creating a "money wave" that lasts for endless months (because this is a natural cycle). I personally don't like buying things in installments over so many months, but I know it's economically beneficial.
Some examples that make my point clear are the purchase of a property or a car, and I think that, at least in the TOP 5 dreams to be realized by millions of Brazilians, these two dreams orbit in their minds for many, many years (and yet, many still fail to make them a reality). This type of debt is better known as financing or consortium, which over time are becoming increasingly accessible (despite bringing with them small pitfalls that many people don't realize).
However, it's important to remember that within this debt dynamic (which almost always affects the poorest social classes), financial literacy is essential. Since it's very easy to incur and accumulate debt (credit cards are among the most common ways to do this) across various sectors, if each consumer doesn't understand how to maintain a healthy relationship with money, it's natural for initially planned debts to become major headaches with astronomical amounts.
---
**Endeudarse no es el problema; el problema es no poder pagarlo.**
Hoy mismo, vi un reportaje en un periódico local sobre educación financiera y cómo la gente aún percibe su dinero como intrínsecamente desequilibrado en relación con el dinero disponible para gastar, lo cual, en última instancia, está ligado a las deudas contraídas (y que ahora no pueden pagar). El contexto de lo que vi fue bastante interesante (principalmente porque demostró que endeudarse no es tan negativo como mucha gente suele imaginar) y me inspiró a escribir este texto.
En general, al menos aquí en Brasil, endeudarse no es exactamente un problema para las personas que se encuentran en los márgenes de los estratos sociales financieramente endeudados del país. El principal problema es acumular estas deudas y no poder pagarlas, por diversas razones (como tener un salario mínimo desactualizado o incluso la falta de ingresos fijos... en este caso, personas que trabajan por cuenta propia y ganan dinero de forma fluctuante a lo largo del tiempo). La educación financiera todavía no es un tema de importancia reconocida en Brasil, pero esto necesita cambiar rápidamente.
Hay un conflicto de generaciones (y sus respectivos intereses) que termina por traer factores más complejos a este tema, pues dependiendo del nivel de madurez personal de cada individuo (sea más joven o mayor, porque realmente la edad no es un factor muy relevante aquí… porque es más un contexto social o comportamental que numérico), endeudarse termina siendo una realidad por razones fútiles (como gastos fácilmente evitables una vez definidas las prioridades), lo cual es obviamente algo que va más allá de los “estándares normales”.
Sé que puede parecer contradictorio decir esto, pero estas deudas financieras impulsan la economía del país, y cuando esto se asocia a la "cultura" de un pueblo (como es el caso de los brasileños), la idea es tener más dinero circulando en el mercado durante más tiempo (ya que es muy común hacer compras a plazos), creando una "ola de dinero" que dura meses interminables (porque es un ciclo natural). Personalmente, no me gusta comprar cosas a plazos durante tantos meses, pero sé que es económicamente beneficioso.
Algunos ejemplos que lo demuestran son la compra de una propiedad o un coche, y creo que, al menos entre los 5 sueños más importantes que millones de brasileños desean realizar, estos dos sueños rondan en sus mentes durante muchísimos años (y, sin embargo, muchos aún no los hacen realidad). Este tipo de deuda se conoce mejor como financiación o consorcio, que con el tiempo se están volviendo cada vez más accesibles (a pesar de traer consigo pequeñas dificultades que muchos desconocen).
Sin embargo, es importante recordar que, dentro de esta dinámica de endeudamiento (que casi siempre afecta a las clases sociales más pobres), la educación financiera es esencial. Dado que es muy fácil contraer y acumular deudas (las tarjetas de crédito son una de las formas más comunes de hacerlo) en diversos sectores, si cada consumidor no entiende cómo mantener una relación sana con el dinero, es natural que las deudas inicialmente planificadas se conviertan en grandes dolores de cabeza con cantidades astronómicas.
---
**Contrair dívidas não é o problema; o problema é não conseguir pagá-las.**
Hoje mais cedo eu estava assistindo a uma reportagem em um jornal local falando sobre educação financeira, e como as pessoas ainda enxergam o próprio dinheiro dentro de uma relação intrínseca totalmente desiquilibrada em relação ao que dinheiro que elas têm disponível para gastar, indo de encontro as dívidas que elas contraíram (e que agora não estão conseguindo pagar). O contexto do que eu assisti foi bem interessante (principalmente por mostrar que contrair dívidas não é algo tão negativo quanto muitas pessoas geralmente imaginam), e me inspirou a escrever todo este texto.
Em linhas gerais, ao menos aqui no Brasil, contrair dívidas não é exatamente um problema definitivo sobre as pessoas que estão as margens da camada social que está financeira endividada no país. O problema majoritário é contrair essas dívidas e não ter como pagá-las, por diferentes razões (como ter salário mínimo defasado ou até mesmo falta de renda fixa... neste caso, pessoas que trabalham por conta própria e ganham dinheiro de jeitos oscilantes ao longo do tempo). A educação financeira ainda não é um assunto reconhecidamente importante no Brasil, mas isso precisa mudar rápido.
Há um conflito de gerações (e seus respectivos interesses) que acaba trazendo mais fatores complexos para esse tema, porque dependendo do nível de amadurecimento pessoal de cada indivíduo (seja uma pessoa mais nova ou mais velha, porque a idade realmente não é um fator muito relevante aqui... porque é mais um contexto social ou comportamental do que um contexto numérico), contrair dívidas acaba sendo uma realidade por motivos fúteis (como gastos que são facilmente evitáveis uma vez que prioridades são definidas), o que obviamente é algo que foge dos “padrões normais”.
Eu sei que pode parecer errado falar isso, mas essas dívidas financeiras ajudam a economia do país a se movimentar e quando isso está associado a “cultura” de um povo (como é o caso dos brasileiros), a ideia é que tenhamos mais grana girando dentro do mercado por mais tempo (uma vez que é muito comum fazer compras com valores totais parcelados) a ponto de criar uma “onda de dinheiro” que vai se estendendo por meses infindáveis (porque esse é um ciclo natural). Eu particularmente não gosto de comprar coisas parceladas em tantos meses, mas sei que isso é economicamente útil.
Alguns exemplos que deixam claro o que eu estou querendo dizer são a compra de um imóvel ou de um automóvel, e acho que, pelo menos no TOP 05 de sonhos a serem realizados por milhões de brasileiros, esses dois sonhos orbitam na mente deles por longos e longos anos (e mesmo assim, muitos ainda não conseguem torná-los em realidade). Essa modalidade de endividamento é mais conhecida como financiamento ou consórcio, que com o passar do tempo estão se tornando cada vez mais acessíveis (apesar de trazerem as pequenas armadilhas que muitas pessoas não percebem).
No entanto, é preciso lembrar que dentro dessa dinâmica de endividamento (que quase sempre é feita pelas camadas sociais mais pobres), a disciplina sobre educação financeira é algo essencial. Uma vez que é muito fácil contrair e além disso, acumular dívidas (cartões de crédito liderando o ranking dos meios que tornam esse cenário em algo corriqueiro) em diversos segmentos, se cada consumidor não entender como manter essa relação saudável com o dinheiro, o mais natural é que as dívidas inicialmente programadas se tornem em grandes “dores de cabeça” de números astronômicos.
Posted Using INLEO