Adorava computadores desde que os conheci. Apesar de ter Atari, ficava besta mexendo nos PCs que eu tinha acesso, na casa de outras pessoas, desde os 4 anos de idade.
Tendências e primeiro amor
Comecei no atari e no mega drive, mas fui pro PC do super nintendo assim que deu. Depois de muito controlar o Sonic e o Mario no controle, foi bom usar mouse e teclado pra variar. Mas só com 9 anos que eu conheci minha primeira grande paixão gamer: Warcraft II.
Tirei a versão de demonstração dele de uma das muitas revistas de CD que comprei em banca de jornal ao longo dos anos. Mesmo que só tivesse 3 mapas da campanha de humanos e 3 da campanha de orcs, eu passei mais de 2 semanas jogando só aquilo, 6 horas por dia. Acabei convencendo minha mãe a comprar a versão original do jogo, que custou 70 reais. Praticamente nunca saí do quarto no mês seguinte.
Ia para a escola e contava para meus dois melhores amigos sobre como o jogo era bom, e eles duvidavam de mim, até que eu resolvi emprestar o CD. Um depois do outro, ambos também glorificaram a guerra em Azeroth.
Mas com o tempo, o ritmo dos RPGs começou a ficar muito devagar pra mim. Era época do Quake 1, então fiquei mais no PC e online desde então. Diablo 1 online era a melhor coisa da vida na época.
Mais dinâmico e conectado
Cheguei a jogar bastante no PlayStation One, me fazendo de masoquista ao jogar Silent Hill de madrugada no escuro e de portas fechadas. Especialmente nas etapas finais, acabava pausando a cada 2 minutos para deixar um canal de TV normal rolando enquanto eu recuperava o fôlego e os nervos.
Mas depois de ficar travado sem saber o que fazer na primeira vez que embarquei na airship de Final Fantasy 7, empurrei a culpa de não saber como prosseguir no fato da mídia ser pirata, fui pro PC e quase não liguei mais o console.
Quando descobri o mundo dos mods, exclusivo no PC, nunca mais dei o mesmo valor para playstation e afins. Hoje em dia sei todo tipo de gambiarra, não só em jogos. Tentei criar algo que prestasse para Diablo II, sem sucesso, mas só de ter acesso ao que a comunidade fazia já era incrível.
Expandindo fronteiras
Foi navegando pelas primeiras versões do Google enquanto procurava um jeito de fazer meus próprios jogos (coisa que nunca realmente foi pra frente) que conheci o Game Maker 7, reafirmando essa minha fissura por aplicativos, gambiarras e modificações para o resto de minha vida.
Me tornei um gamer competitivo, hoje sempre jogando partidas ranqueadas de League of Legends, apesar de ter passado por várias outras escaladas em colocações em jogos mais antigos, mas nunca deixei de lado o hobby das mil e uma arrumações. Esta é a minha história, a de um gamer que se autodenomina "o imperador da gambiarra". Subi de posto este ano, antes era apenas rei.
Até hoje procuro novas artimanhas. A propósito, descobri algo tenebroso recentemente - aplicativos de fácil acesso e ainda mais fácil uso que são capazes de dar o usuário e a senha de outras, com más intenções. Realmente assustador. Mas isso é história pra outro post.
[fonte de imagens: Blizzard, YoYo Games, sob Fair Use para comentários]
Obrigado por ler!